Vacinas distribuídas pela Conmebol podem enfrentar problemas no Brasil

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Vacinas distribuídas pela Conmebol podem enfrentar problemas no Brasil

As doses de vacinas destinadas ao Brasil precisam de autorização especial para ingressarem em território nacional; confira o que diz especialista.

Conforme já divulgamos nesta última quinta-feira, a Conmebol recebeu suas 50 mil doses da vacina contra a COVID-19, doadas pela farmacêutica chinesa Sinovac, onde a entidade avisou que já faria a distribuição imediata dos lotes para cada uma dos 10 países filiados a mesma.

Através de uma nota oficial, a Conmebol informou que as vacinas serão enviadas sem custo para as federações membros, devendo cada uma delas ficar responsável por fiscalizar a aplicação das doses, com a devida prestação de contas a entidade máxima do futebol na América do Sul.

Aviso da Conmebol

A entidade aqui em destaque alertou que cada dose tem “nome e sobrenome”, com distribuição exclusiva para as pessoas que fazem parte da campanha promovida pela entidade; caso as vacinas não sejam integralmente utilizadas, as federações deverão encaminhar as doses para pessoas identificadas, desde que haja aprovação prévia da Conmebol.

Doses no Brasil

Em nosso país, essa logística poderá enfrentar alguns problemas, visto que a legislação brasileira ainda não permite a vacinação através de instituições privadas. Segundo a “Lei nº 14.125/2021”, as doses que chegam Brasil neste momento devem ser destinadas ao SUS; em primeiro lugar, assim sendo, para que essas vacinas possam chegar aos seus destinatários, será necessário uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, para somente depois elas poderem serem distribuídas a de quem fará uso delas.

Daniel Dourado – médico e advogado sanitarista comentou sobre o assunto, onde o mesmo destacou o seguinte:

“Caso os atletas sejam vacinados no Brasil, a regra é que qualquer vacina para ser comercializada, distribuída e usada, precisa estar regularmente registrada na ANVISA. Há alguns meses, o órgão criou novos procedimentos para agilizar o processo, então hoje além do registro definitivo existe uma autorização para o uso emergencial de algumas vacinas, como é o caso do imunizante do Instituto Butantan, mas em regra precisa ter alguma autorização da ANVISA, seja o registro definitivo, seja a autorização emergencial”.

Vacinas distribuídas pela Conmebol podem enfrentar problemas no Brasil

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